A globalização
instantânea mostra-nos que a civilidade ainda é um bem escasso, com muito
caminho a desbravar por entre as barbáries.
Talvez por isso, e porque a Autonomia é coisa que custa a
aprender, alguns nos Açores rebelaram-se contra a sua semi-obscuridade, pelo
preço de decepar valores e incendiar consensos.
Vem isto a propósito de algumas ex-citações com o anunciado
plano de revitalização da ilha Terceira. Apesar de ser fogo que pretende
sobretudo ver-se, sem arder, a falta de memória e solidariedade de alguns
merece reparo, e arquivo para memória futura.
Nunca vimos esses paladinos do equilíbrio insular
preocupados com a distribuição da renda das Lajes, quando era 40% do nosso
Plano… Nem consta que alguém tenha criticado, pelo menos em nome de interesses
corporativos ou de ilha, os cheques para a reconstrução do sismo de 98. Nem os
benefícios fiscais, em prejuízo da receita comum, de alguns saudáveis negócios…
Felizmente, já há outro setor empresarial nos Açores, que
ultrapassou a pobreza da filosofia do liberalismo para despedir e do
estalinismo para receber…
Mas as pequenas provocações serão afinal meritórias, porque
reforçarão a nossa unidade e espírito solidário.